A ideia de levantar um monumento ao
Pinhal do Rei e a D. Dinis vinha a ser levantada pelo jornal Diário de Lisboa desde
1931, voltando ao assunto em 1935 e 1939. Por essa altura, com a “Comemoração
dos Centenários”, a ideia parecia finalmente avançar mas, “a despeito de muitos
apoios oficiais, incluindo o do Ministro da Agricultura”, dissipou-se.
Isso mesmo é-nos contado no artigo
publicado a 23 de Agosto de 1952 com o título: “Está ainda por pagar a dívida
de gratidão ao Rei D. Dinis e ao Pinhal de Leiria”.
Segundo o mesmo jornal o monumento
ou padrão a erigir ao Pinhal de Leiria seria “altaneiro e simples, como o
próprio pinheiro de alto fuste” e teria uma singela inscrição: “Daqui saíram as
madeiras para as naus da India”. Porém, não tendo avançado a ideia inicial,
surgiu posteriormente uma outra: “A erecção de um monumento ao Rei D. Dinis”.
Diz-nos ainda o mesmo artigo que
Arala Pinto, administrador do Pinhal do Rei (de Leiria), em 1951 numa conferência,
“(…) proferida na Casa do Distrito de Leiria, evocou o sonho ao qual dera
expressão em 1942”, lembrando as várias personalidades Marinhenses e
Leirienses, “paladinos da ideia de se pagar a dívida de gratidão a D. Dinis
(…)”. Dessas personalidades faziam parte “o escultor Luís Fernandes e o pintor
Nery Capucho, os quais ambos traçaram uma “maquette” do monumento ao “Rei
Lavrador (…)”.
Mas, já em 1938, Arala Pinto, em
nota final da sua obra “O Pinhal do Rei”, falava da importância de se “pagar a
dívida de gratidão ao Rei D. Dinis”, dedicando ao tema várias páginas e
mostrando imagens da maqueta para tal monumento.
Porém, o monumento, composto por um
tríptico com três metros de altura onde estariam representados nos painéis
laterais “os monarcas de século XIV, com as armas de Portugal e de Aragão, e no
retábulo central seriam esculpidas a terra agricultada, o mar, as caravelas, o
pinhal, (e) as dunas”, nunca seria construído.
Apenas em
Outubro de 1972 foi inaugurado na orla do Pinhal, à entrada de S. Pedro de
Moel, um monumento em
homenagem ao Rei D. Dinis e à Rainha Santa
Isabel. Este monumento foi oferecido à Marinha Grande pelo Ministro
das Obras Publicas Eng.º Rui Sanches e é da autoria do escultor açoriano
Numídico Bessone.
In: "Diário de Lisboa", nº 10678, Ano 32, Sábado, 23 de
Agosto de 1952
©casacomum.org/Fundação Mário Soares
Maqueta para o pressuposto monumento ao Rei D. Dinis e à Rainha
Santa Isabel
In:
Pinto, A. A., 1938/39, O Pinhal do Rei. Subsídios, Alcobaça, Ed. Autor
O tríptico do pressuposto monumento ao Rei D. Dinis e à Rainha
Santa Isabel
In:
Pinto, A. A., 1938/39, O Pinhal do Rei. Subsídios, Alcobaça, Ed. Autor
Monumento
ao Rei D. Dinis e à Rainha Santa Isabel em S. Pedro de Moel
Isso mesmo meu amigo, mas é melhor ninguém se lembrar de meter mais um imposto para pagar essa divida de gratidão, eu como Diniz perdoo tudo desde já.
ResponderEliminarque se erija um Monumento de Gratidão a António Arala Pinto
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