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Carlos Augusto de Sousa Pimentel e José Carlos de Menezes Alarcão

Carlos Augusto de Sousa Pimentel

            Terminado o curso de Agronomia, ingressou na Repartição de Agricultura do Ministério das Obras Públicas, Comércio e Indústria em 1865, tendo sido colocado como condutor auxiliar na secção de Águas. Por portaria de 2 de Outubro de 1866 foi colocado na Secção de Águas e Florestas. Em 1869 foi nomeado condutor de 2ª classe e no ano seguinte foi autorizado a frequentar o Instituto Geral de Agricultura de Lisboa, as disciplinas que lhe faltavam para obter a licenciatura em Silvicultura, grau que alcançou em 1873.
            A 20 de Janeiro de 1874 exerceu temporariamente as funções de mestre florestal.
            Em 1876 colaborou com Bernardino Barros Gomes, quando este era chefe da Divisão Florestal do Sul, na elaboração de uma nova planta da Mata de Valverde e em estudos sobre a exploração desta mata e do Pinhal do Cabeção.
            Em 1881 foi nomeado Sub-chefe de Divisão Florestal e no ano seguinte assumiu a chefia interina, passando a efectivo por decreto de 25 de Fevereiro de 1885. A 2 de Setembro de 1886 foi nomeado silvicultor chefe da Circunscrição Florestal do Centro, onde prestou relevantes serviços, especialmente no Pinhal de Leiria.
            Vai utilizar como adubo nas matas a manta morta em decomposição (chamado rapão), com os resultados a revelarem-se magníficos no revestimento das dunas do Pinhal, cuja arborização fica concluída em 1909. Mandou plantar os maciços de Acacias melanoxilon e Eucaliptus globulus do Pinhal de Leiria.
            Foi transferido para a Circunscrição Florestal do Norte.
            Em 1893, uma grave doença obrigou-o a passar à inactividade. Praticamente imóvel e com as cordas vocais profundamente afectadas, Carlos Pimentel permaneceu acamado durante 22 anos. Porém tal condição não o impediu de seguir os desenvolvimentos da ciência, de escrever sobre Silvicultura, sob os mais variados aspectos, entre artigos e monografias sobre pinhais, montados, soutos, arborização de dunas e de serras.
            Colaborou assiduamente no “Diário de Notícias” com “Revistas Agrícolas” que se publicavam em folhetins, n’ “A Agricultura Contemporânea”, na “Revista Florestal” e na “Gazeta das Aldeias”. Foi autor de obras como “Estudos Florestais”, em 1894; “Os Pinhais”, em 1906; e “Os Nossos Pinheiros”, em 1910.
            Faleceu em Lisboa a 28 de Janeiro de 1912.

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José Carlos de Menezes Alarcão

            Provavelmente o primeiro engenheiro agrónomo formado no Instituto Agrícola, entrando como adido na Administração Geral das Matas do Reino em 1862.
            Em 1863 recorreu à própria areia para, conjuntamente com a utilização do ripado móvel, formar e fixar a duna litoral no Pinhal de Leiria, em substituição da paliçada.
            Este método de criação e fixação de dunas revelou-se bastante eficaz e simultaneamente bastante mais económico.
            Foi ainda autor de trabalhos sobre a resinagem.

 
IN: http://www.afn.min-agricultura.pt/portal
Patente de 10 a 27 de Março de 2011 na exposição "Factos e Personalidades do Pinhal do Rei", na Galeria Municipal da Marinha Grande – Edifício dos Arcos (Jardim Stephens)

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