Decorrido um ano após o tremendo temporal que no dia 19 de Janeiro de 2013 atingiu o país e, logicamente, também
o Pinhal do Rei, originando a queda de milhares de árvores por todo o Pinhal,
recordo aqui aquele que foi o maior pinheiro-bravo do país e o maior da
Península Ibérica.
Com cerca de 200 anos, tendo como
“Mãe” a grande Mata que é o nosso Pinhal do Rei, dado que aqui foi nascido e
criado, este era sem dúvida o seu menino querido. Das muitas vezes que que por
lá passei, durante os longos meses que esteve tombado na própria terra que o
vira nascer e crescer, ao vê-lo assim, fazia-me sempre lembrar um pequeno
excerto de um célebre poema de Fernando Pessoa em que, nas palavras do Poeta,
se diz:
“(…) Jaz morto e apodrece
O
menino da sua mãe”.
E era, ali estava! Descansando!
Talvez viesse a apodrecer se não fosse entretanto retirado.
Agora, um ano após a
terrível tempestade, o colossal exemplar de pinheiro-bravo, aquele que foi classificado
como o maior da Península Ibérica e um dos maiores da Europa, foi já retirado.
A lembrar a sua existência, enquanto
não forem retirados, ficaram a placa informativa do local onde se encontrava e
o gigantesco cepo, apinhado de raízes, que, no entanto, não foram suficientes
para o manter de pé perante tão impetuosa investida.
O cepo –
o último vestígio no local
A placa
informativa do local onde se encontrava esta árvore
Dói sempre a morte de uma árvore... e então com um porte desses, pior.
ResponderEliminarBela homenagem!